Artigos

PARA GANHAR NO PRIMEIRO TURNO



MERCADO X ELEITORES

Exigencias da Ordem Global


De um lado o FMI, o Banco Mundial e os grandes Bancos Centrais do G7. É o lado oficial, ou o dos organismos internacionais e dos grandes paises desenvolvidos, lideres da nova ordem mundial, ou ordem globalizada. Em funcao dela "fazemos o dever de casa", isto é, cumprimos exigencias no campo economico, politico e social.

De outro lado uma erratica e volatil massa de recursos, jamais vista em qualquer outra epoca, liberada, originariamente, pelo fim da guerra fria, em maos de especuladores privados, que podemos chamar de lado do mercado.

O pensamento do lado oficial - para que a racionalidade do Sistema seja mantida, como um todo - é o de que paises emergentes, ao fazerem o "dever de casa", constroem, ao mesmo tempo, o alicerce, a base, os fundamentos que amparam suas economias e estarao mais resistentes às forcas devastadoras deste mercado.

Os alicerces que o Brasil vem construindo nao estao prontos, estao em andamento, o que o torna ainda vulneravel, embora sejamos considerados, potencialmente, muito atraentes. Esta verdade orienta a visao oficial e a do mercado, sobretudo, a visao de que é preciso haver uma continuidade na construcao daqueles fundamentos.

A partir dai o resultado das eleicoes presidenciais passa a ser crucial e para um observador de fora do Brasil, a leitura é simples: a vitoria da oposicao pode comprometer os fundamentos economicos, a vitoria do candidato de FHC garante sua continuidade. Como corolario é normal que as pesquisas tenham se tornado o principal fator de turbulencia de nossa economia e o indicador mais importante para avalia-la no futuro proximo. Cabe ao povo brasileiro a decisao. Nao é o lado oficial nem o do mercado que estao impondo nada. É que hoje, no mundo global, a democracia tem este espectro amplo.

Fica uma aparencia de que os candidatos podem ser a favor ou contra este novo ordenamento mundial. Poder, podem, mas o povo precisa saber as consequencias. Esta é a duvida. Ele sabe? A percepcao é a de que ele nao sabe e tambem a de que quem ganhar nao tera "alicerce" pra enfrentar, depois, apos eleito, a violencia daquelas forcas.

Entao porque nao dar logo garantias de que as fundacoes economicas continuarao a ser construidas? Garantias de estadista, sinceras, em nome do pais e do seu potencial. Nao seria subserviencia, porque nao é uma exigencia de ninguem. É a realidade do planeta. O candidato, de oposicao, que oferecesse concientemente tais garantias poderia vencer ate no primeiro turno.

(omitimos a acentuacao grafica)

Anteriores:

"Garantia para Paises Emergentes"

"O Emprego na Economia do Conhecimento"

Conheça Nossos Cursos Gratuitos

Retorna à página principal