Artigos

O EMPREGO NA ECONOMIA DO CONHECIMENTO



TRABALHO - UMA PAIXÃO INÚTIL

O Modo de Produção Informatizado


Chamamos de Economia Virtual, incluindo neste conceito o trabalho imaterial e o poder do conhecimento que lhe serve de base, ao modo de produzir permeado pela informação, porque é ela que determina o que, quanto e quando será produzido. Produzir just-in-time, ou em tempo real, tem por base o consumidor. Pois é na demanda que se localiza o crescente potencial produtivo. O raciocínio que Marx fazia ao prever o deslocamento da importância histórica do trabalhador para o consumidor está subjacente à aplicação da informática no mundo do trabalho e do emprego.

E não apenas Marx, este pensamento existe dentro de uma linha de economistas e pensadores atentos sempre ao progresso da técnica. Fourastié, seguindo Colin Clark, para quem o aumento da produtividade do trabalho constituía o fator essencial do progresso econômico, considerava o progresso técnico como o motor exclusivo da história e este progresso se baseava no fato de que é preciso cada vez mais trabalho passado para colocar em atividade o trabalho vivo, o que, na dinâmica do desenvolvimento, poderia derivar num desequilíbrio entre a estrutura produtiva e o consumo.

Esta discordância entre as duas estruturas constitúi o fenômeno central do crescimento econômico, isto é, o consumidor não absorve tudo o que o progresso lhes estaria proporcionando. Daí conclúi: "a longo prazo a produção deve-se submeter ao consumo". Apareceria então uma sociedade terciária, compatibilizando produtores e consumidores.

Esta nova civilização, Fourastié descreve como isenta de crises,desemprego,inflação,falências, etc... e prevê o fim do trabalho desumano e o aumento das especializações e qualificações (trabalhos de conhecimento); prevê a melhoria do aspecto estético do maquinário; prevê novos métodos de trabalho que permitem a cada trabalhador a iniciativa das atividades para as quais seja mais dotado e prevê a redução da jornada de trabalho.

De Titmuss do Partido Trabalhista Ingles: "se a primeira fase da chamada revolução industrial era para forçar os homens a trabalhar, a fase que estamos entrando agora pode muito bem ser para forçar muitos homens a não trabalhar". De Lafargue: "Mas convencer o proletariado de que o trabalho desenfreado a que se entregou desde o começo do século, é o mais terrível dos flagelos que já assolou a humanidade em todos os tempos e que ele deve ser regulamentado e limitado a um máximo de tres horas por dia, é uma tarefa árdua...limitar-me-ei a demonstrar que, dados os meios produtivos modernos e dada sua ilimitada potência reprodutiva, deve-se dominar a paixão extravagante dos operários pelo trabalho e obrigá-los a consumir as mercadorias que produzem"




Conheça Nossos Cursos Gratuitos

Retorna à página principal