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Artigo Número 4 - Trimestre Outubro/Novembro/Dezembro/2000:

TRABALHO FEMININO

Vital e Não Social.



Ainda quanto ao trabalho feminino vimos que pela teoria marxista do valor ele é inteiramente autônomo, desvinculado da sociedade e mais uma vez muito parecido economicamente com o ar que respiramos. Essencial, fundamental, vital, mas inteiramente sem valor, sem preço. Esta é a base econômica que sustenta a autonomia feminina e seu distanciamento do mundo áspero do trabalho social e das relações sociais que vigoram. A mulher expressa, assim, como mulher mesma, autonomamente, uma verdade, uma experiencia e uma gama de necessidades que embora não diretamente vinculadas à realidade produtiva são componentes que devem ser incorporados à política e nela serão essenciais.


A simplificação do papel da mulher foi uma forma de anular, uma forma de reduzir sua importancia politica. Seu poder foi absorvido pelas entidades politicas do mundo masculino e por meio destas se expressavam. Foi portanto facil considerar a mulher como estando devidamente relacionada com as relações produtivas e conectada à divisão de classes da sociedade, uma mulher proletária, seria representada como proletária , mulheres burguesas como burguesas, nunca como mulheres autônomas. Assim o feminino se confunde com o interesse político de classe e os conteúdos politicos de classes coincidem e anulam a qualidade genérica do feminino. Tambem deste modo, historiadores, cientistas e observadores sociais, exprimem os interesses sociais e de classe anulando a mulher como mulher.
Isto determinou que as rela¶ccedil;ões sociais de produção deveriam estar representadas na mulher fazendo parte de sua lógica interna, não algo imposto de fora.

Suas idéias, seu comportamento social, suas expectativas e interesses refletiriam o modo de produzir da base material da sociedade; mas como? se era ali mesmo, na base material da sociedade que a mulher nada tinha a ver com esta mesma sociedade; seu trabalho não era considerado social, não gerava valor e portanto não integrava a "soma global de trabalho invertido pela sociedade"; mas na verdade o seu trabalho "sem valor" esteve sempre embutido nos diversos modos de produzir socialmente ao longo da historia; como companheiras de seus homens explorados em todas as formas historicas de trabalho: companheiras do homem quando escravo, quando servo, quando proletário, foram sempre duplamente exploradas . Seu trabalho, "sem valor", jamais obedeceu a um limite de horario para a jornada diaria, esteve, sempre, limitado tão somente pelo limite de sua exaustão física.




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