LIVRO:
" Humberto Mauro
O pai do cinema brasileiro"
de
André Felippe Di Mauro.
Apresentação: O livro é o resultado de um intenso trabalho de pesquisas realizadas por André Felippe Mauro e, especialmente, de entrevistas com seu avô Haroldo Mauro - irmão e maior fã de Humberto Mauro - sobre a vida e obra do "Pai
do Cinema Brasileiro", cujo objetivo inicial era desenvolver o roteiro para um longa-metragem.
O roteiro já estava em fase de conclusão quando o autor atentou ao fato de que neste ano, mais precisamente no dia 30 de abril, Humberto Mauro estaria completando 100 anos. No intuito de homenagear seu tio-avô, André Mauro decidiu editar o seu trabalho, e a partir do livro viabilizar a produção do filme. Com as presenças do Exmo. Ministro da Cultura Francisco Welfort e outras personalidades do meio artístico e cultural, foi realizado em 30 de abril de 1997 o lançamento oficial do livro, em Cataguases, durante as comemorações do centenário de nascimento do cineasta.
Com o desenvolvimento do cinema brasileiro nestes últimos anos, várias universidades e faculdades criaram cursos superiores de Cinema, despertando uma busca sobre a história do cinema nacional. Documentários, livros, matérias em revistas e jornais já abordaram a obra de Humberto Mauro, porém o que diferencia esta obra das outras é o fato de que o autor dramatiza, o contexto da vida do personagem, implicando na redescoberta de várias fases e faces da cultura e história do país.
A figura, o caráter, o sentimento e o pensamento de Humberto Mauro estarão descritos em linguagem cinematográfica, ilustrados com mais de oitenta fotografias do acervo próprio do autor e também de terceiros, recriando o ambiente factual e emocional do Brasil em quatro momentos que resultam reveladores, pelas transformações então ocorridas e articuladas para formar o país de hoje.
Esses quatro momentos correspondem a: primeiro, a infância de Humberto Mauro na virada do século, em uma comunidade do interior, com sua cultura urbana em contato direto com a natureza; segundo, a adolescência do futuro cineasta, que é também a adolescência da nova sociedade
influenciada pelo automóvel, o cinematógrafo e a luz elétrica; terceiro, a juventude, com o início da massificação do cinema e a entrada na era das comunicações via radiodifus'ão; e, quarto, a identidade adulta, onde o potencial da pessoa Humberto Mauro se realiza plenamente na profissão
e na vida pessoal, atravessando inúmeras dificuldades que o país, aliás, ainda está por superar.
Autor
André Felippe Di Mauro, 33 anos, iniciou sua carreira no teatro em 1979 como ator, mas desde o início já manifestou aptidão para escrever. Com apenas 16 anos escreveu seu primeiro texto - "Vira-Avesso" - um musical infantil, ganhando o prêmio mambembe de revelação como autor (1981).
Trabalhou em diversos espetáculos teatrais de sucesso, como "Sonho de Uma Noite de Veráo" de William Shakespeare (1982) e "Um Bonde Chamado Desejo" (1983), sendo logo chamado para trabalhar nas novelas da TV Globo. Suas participações em "Selva de Pedra" de Janete Clair (1986) e
como "Rainha da Sucata" (1990),"Xica da Silva" (TV Manchete - 1997) o tornaram conhecido do grande público.
Por seu desempenho em "Os Doze Trabalhos de Hércules" (Tablado - 1985) recebeu um convite para estudar no legendário "Lee Strasberg`s Institute" (Método do Actor`s Studio - N.Y.). Aproveitando sua estadia em Nova York, fez um curso de roteirista com Edward Albee (Autor de "Quem tem Medo de Virgínia Woolf") e análise de textos com Herbert Berghof. Voltando ao Brasil continuou seus estudos com Doc Comparato (UERJ).
O cinema também foi importante em sua formação. André participou de diversos filmes, dos quais podemos destacar "Banana Split" de Paulo Sérgio de Almeida (1986); "Leila Diniz" de Luis Carlos Lacerda (1987); "O Grande Mentecapto" de Oswaldo Caldeira (1989). Nestes dezoito anos de carreira dividindo-se nos trabalhos de ator, autor e diretor, participou de mais de vinte peças de teatro, sete novelas em TV e nove longa-metragens.
Como produtor de teatro se destacou na superprodução "Rocky Horror Show". Atuou como ator e produtor (1995), e ganhou vários prêmios importantes (Prêmio Sharp de Teatro - melhor produção, Prêmio Cultura Inglesa de Teatro - Produção) e o Troféu SATED - Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversão - melhor produção musical).
Neste ano de 1998 André Mauro participou do filme "O Viajante" de Paulo Cezar Saraceni como seu primeiro assistente de direção e logo em seguida de volta ao Rio de Janeiro dirigiu a peça "Amor de Poeta - a paixão de Castro Alves", atualmente em cartaz no teatro Glaucio Gil.
Atualmente André Mauro é o Coordenador do Curso de Cinema da Universidade Estácio de Sá no Rio de Janeiro
Comunique-se com o autor pelo email abaixo:
© 1998 tvleblon@painet.com.br
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